sexta-feira, 29 de abril de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Use filtro solar
Aproveite bem o máximo que puder o poder e a beleza da juventude, ou então esqueça, pois você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado, mas acredite, daqui a 20 anos você vai evocar as suas fotos e perceber de um jeito que você nem desconfia hoje em dia quantas e tantas alternativas se escancaravam à sua frente e como você realmente estava com tudo em cima.
Você não está gordo, ou gorda, não se preocupe com o futuro, ou então preocupe-se se quiser, mas saiba que pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete pra tentar resolver uma equação de álgebra.
As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada e te pegam no ponto fraco às quatro da tarde de uma terça-feira qualquer.
Cante.
Não seja leviano com o coração dos outros e não ature gente de coração leviano.
Use fio dental.
Não perca tempo com inveja, às vezes se está por cima, às vezes por baixo.
A peleja é longa, e no fim é só você contra você mesmo.
Não esqueça os elogios que receber, esqueça as ofensas, se conseguir isso, me ensine.
Guarde as antigas cartas de amor, jogue fora os extratos bancários velhos.
Estique-se.
Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida, as pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam aos 22 anos o que queriam fazer da vida.
Alguns quarentões ainda não sabem.
Tome bastante cálcio, seja cuidadoso com os seus joelhos, você vai sentir falta deles.
Talvez você case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez se divorcie aos 40, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante.
Faça o que fizer, não se alto congratule demais, nem seja severo demais com você.
As suas escolhas tem sempre metade da chance de dar certo, é assim com todo mundo.
Desfrute de seu corpo, use-o de toda a maneira que puder mesmo, não tenha medo de seu corpo ou do que as pessoas possam achar dele, ele é o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir.
Dance, mesmo que não tenha onde além de seu próprio quarto.
Leias as instruções mesmo que não vá segui-las depois.
Não leia revistas de beleza, elas só vão fazer você se achar feio.
Dedique-se a conhecer os seus pais, é impossível prever quando eles terão ido embora de vez.
Seja legal com os seus irmãos, eles são a melhor ponte com o seu passado e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.
Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons.
Esforce-se de verdade para diminuir as distâncias geográficas e estilos de vida, porque quanto mais velho você ficar mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem.
More uma vez em Nova York, mas vá embora antes de endurecer.
More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer.
Viaje.
Aceite certas verdades inescapáveis.
Os preços vão subir, os políticos vão saracutiar e você também vai envelhecer e quando isso acontecer você vai fantasiar que quando era jovem os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes e as crianças respeitavam os mais velhos.
Respeite os mais velhos.
E não espere que ninguém segure a sua barra, talvez você arrume uma boa aposentadoria privada.
Talvez case com um bom partido.
Mas não esqueça que um dos dois pode de repente acabar.
Não mexa demais nos cabelos se não, quando você chegar aos 40 vai aparentar 85.
Cuidado com os conselhos que comprar, mas seja paciente com aqueles que os oferecem.
Conselho é uma forma de nostalgia.
Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo, repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.
E use filtro solar.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Rumpelstiltskin
Havia uma vez um moleiro pobre que tinha uma filha muito bela. Um dia aconteceu de ter que ir falar com o rei e, para parecer mais importante, disse:
- Tenho uma filha que pode fiar a palha e convertê-la em ouro.
- Essa é uma habilidade que me impressiona – disse o rei ao moleiro – se tua filha é tão hábil como dizes, traga-a amanhã ao meu palácio e vamos ver isso.
Quando trouxeram a garota, o rei a levou para um quarto cheio de palha, deu-lhe uma roca e uma bobina e disse:
- Trabalha e, se amanhã pela manhã não tiveres convertido toda essa palha em ouro, durante a noite, morrerás.
Então ele mesmo fechou a porta a chave e a deixou só. A filha do moleiro se sentou sem poder fazer nada para salvar sua vida. Não tinha a menor idéia de como fiar a palha e convertê-la em ouro, e se assustava cada vez mais, até que por fim começou a chorar. Porém, de repente a porta se abriu e entrou um homenzinho:
- Boa tarde, senhorita moleira, por que estás chorando tanto?
- Ai de mim – disse a garota – tenho que fiar essa palha e convertê-la em ouro porém não sei como fazê-lo.
- O que me dás – disse o homenzinho – se fizer isso por ti?
- Meu colar - disse ela.
O homenzinho pegou o colar, sentou-se à roca e whirr, whirr, whirr três voltas e a bobina estava cheia. Pôs outra e whirr, whirr, whirr três voltas e a segunda estava cheia também. E seguiu assim até o amanhecer, quando toda palha estava fiada e todas as bobinas cheias de ouro. Ao despertar o dia o rei já estava ali, e quando viu o ouro ficou atônito e encantado, porém seu coração se tornou mais avarento. Levou a filha do
moleiro a outra sala, muito maior e cheia de palha e lhe ordenou que fiasse a noite inteira, se apreciava a vida. A garota que não sabia o que fazer, estava chorando quando a porta se abriu de novo. O homenzinho apareceu e disse:
- Que me darás se eu converter essa palha em ouro? - perguntou ele.
- O anel que levo em meu dedo – disse ela.
O homenzinho apanhou o anel e começou outra vez a girar a roca, e pela manhã havia fiado toda a palha e convertido em brilhante ouro. O rei ficou felicíssimo quando viu aquilo. Porém como não tinha ouro suficiente, levou a filha do moleiro a outra sala cheia de palha, muito maior que a anterior, e disse:
- Tens que fiar isso durante esta noite, se conseguires, serás minha esposa.
- “Apesar de ser a filha de um moleiro, “ pensou, “ não poderei encontrar esposa mais rica no mundo.”
Quando a garota ficou só, o homenzinho apareceu pela terceira vez, e disse:
- Que me darás se fiar a palha desta vez?
- Não tenho mais nada para te dar – respondeu a garota.
- Então me prometa, que se te tornares rainha, me darás teu primeiro filho.
- “Quem sabe se isso ocorrerá alguma vez.“ pensou a filha do moleiro.
E não sabendo como sair daquela situação, prometeu ao homenzinho o que ele queria e uma vez mais a palha foi convertida em ouro. Quando o rei chegou pela manhã, e encontrou todo o ouro que havia desejado, casou-se com ela e a preciosa filha do moleiro tornou-se rainha. Um ano depois, trouxe ao mundo um belo menino, e em nenhum momento se lembrou do homenzinho. Porém, de repente, veio ao seu quarto e lhe disse:
- Dá-me o que prometeste.
A rainha estava horrorizada e lhe ofereceu todas as riquezas do reino para deixar seu filho. Porém o homenzinho disse:
- Não, algo vivo vale para mim mais que todos os tesouros do mundo.
A rainha começou a se lamentar e chorar tanto que o homenzinho se compadeceu dela:
- Te darei três dias - disse – se descobrires meu nome, então ficarás com teu filho.
Então a rainha passou toda a noite pensando em todos os nomes que tinha ouvido, e mandou um mensageiro a todos os cantos do reino para perguntar por todos os nomes que havia. Quando o homenzinho chegou no dia seguinte, ela começou: Gaspar, Melquior, Baltazar... Disse um atrás do outro, todos os nomes que sabia, porém a cada um o homenzinho dizia:
- Esse não é meu nome.
No segundo dia havia perguntado aos vizinhos seus nomes, e ela repetiu os mais curiosos e pouco comuns:
- Seria teu nome Pata de Cordeiro ou Laço Largo?
Porém ele disse:
- Esse não é meu nome.
Ao terceiro dia o mensageiro voltou e disse:
- Não encontrei nenhum nome. Porém, quando subia uma grande montanha ao final de um bosque, onde a raposa e a lebre se desejam boas noites, ali vi um homenzinho muito ridículo saltando.. Deu uma cabriola e gritou:
“Hoje trago o pão, amanhã trarei cerveja no outro terei o filho da jovem rainha. Já estou contente de que nada aconteça que Rumpelstiltskin me chamo.”
Podéis imaginar o contentamento da rainha quando escutou o nome. E quando logo em seguida chegou o homenzinho e perguntou:
- Bem, jovem rainha, qual é meu nome?
A rainha primeiro disse:
- Te chamas Conrado?
- Não.
- Te chamas Harry?
- Não.
- Quem sabe teu nome é... Rumpelstiltskin?
- Te contou o demônio! Te contou o demônio! Gritou o homenzinho e, na sua raiva, bateu o pé direito na terra tão forte que entrou toda a perna e quando tirou com raiva a perna, com as duas mãos se partiu em dois.
Irmãos Grimm
Irmãos Grimm
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Inevitável
“...e sob a superfície de uma folha de árvore uma gota de chuva insiste em permanecer, inerte, quase invencível à lei da gravidade, como se pela própria vontade ou teimosia tentasse adiar o seu encontro com a terra, sempre sedenta de água e coisas novas...enfim a gota cai e com ela todo o seu esforço em ficar onde não lhe é mais devido...é uma espécie de lei adotada pela vida da qual nada nem ninguém escapa. Tudo é movimento, nada se perde ou pára no meio do caminho - caminho esse aliás que mal sabemos onde nos leva mas que mesmo assim nos entregamos, conscientes ou não, como se em nossa essência o destino final já tivesse sido revelado. Mas e se esse destino final não existir – talvez estejamos condenados (ou presenteados?) a sempre caminhar e caminhar, para onde, não se sabe, mas o que isso importa, não é? Talvez o segredo da vida não esteja no final do caminho, mas no trajeto que construímos e vivenciamos ao longo de nossa existência.”
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
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